sábado, 24 de agosto de 2013

Torçam por mim!

Caríssimos, cá estou em Québec City, na província de Québec, no Canadá. Andei e alonguei no avião, trotei logo que cheguei no hotel e segui mais uma série de ótimas orientações do meu treinador.

Passear por essa encantadora cidade me distraiu, de modo que a ansiedade ficou controlada!

Agora vou jantar uma massa e depois descansar para o próximo longão, que será por aqui... Chamam essa corrida de maratona!

Pois é! Está quase aí! Torçam por mim e mandem energias positivas!


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Viajar é preciso

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”
(Amyr Klink)

Depois de treinos mais puxados, tive duas semanas sem treino de força e com menos quilometragem. Na alimentação, muito ferro e vitamina C. 

Finalmente, estou indo viajar. Vou conhecer um novo lugar nesse mundo e sentir a distância com meus próprios pés...

sábado, 17 de agosto de 2013

Maratonistas finalistas: de mãos dadas na linha de chegada!

Hoje foi dia do Brasil brilhar em Moscou!

Que orgulho de ser brasileira e que privilégio o meu por estar sendo treinada pelo mesmo treinador do Paulo Roberto de Paula!

Marco Antônio Oliveira, parabéns! Você levou seu atleta para mais uma classificação! Finalista nos Jogos Olímpicos e agora no Mundial de Atletismo!

Paulo Roberto de Paula e Solonei da Silva, parabéns! Vocês cruzaram aquela linha de chegada com um tempo incrível sob o calor de matar! E de mãos dadas! Coisa mais linda de se ver! Serão meus ídolos para sempre!


Para quem não viu, vale a pena conferir o artigo que está no link abaixo e assistir ao vídeo (no artigo) dessa chegada emocionante!


Marcão, só uma coisa... sua "atleta" amadora vai demorar tipo o dobro deles pra completar a maratona no domingo da semana que vem, viu?! rs

Queridos, nós nascemos para correr!

Existem algumas coisas muito boas na vida. Uma delas chama-se férias! Tirei uma semana de férias antes da viagem para o Canadá, para resolver coisinhas de última hora, descansar meu corpo e minha cabeça. Está sendo bom.

Passaporte ok. Visto ok. Poltronas do avião marcadas. Número e horário do voo confirmados.
Manicure ok. Podóloga ok. (Tive meu dia de atleta-princesa!)

Não sei se o esmalte da mão vai durar até a maratona, mas do jeito que a Isabel faz essa unha com perfeição, capaz de durar! Por isso escolhi logo um vermelho! Acho que unhas vermelhas sempre nos dão alguma coragem! Aliás, dentre tantos vermelhos, escolhi um que se chamava “Estreia”, pra eu estrear com tudo nessa tal de maratona! Pode ser uma bobeirinha, mas se o assunto é a minha maratona, qualquer bobeirinha dessas vira assunto sério! rs

Mas, vamos falar de coisa séria... Anotem já o nome desse livro: “Nascido para correr”, de Christopher McDougall. Finalmente li todas as suas páginas e recomendo para todos vocês, corredores de todos os tipos, tempos, tênis e terrenos. E até mesmo para quem ainda não é corredor, mas já tem um coração inclinado para isso. Porque, a bem da verdade, todos nós, querendo ou não, nascemos para correr. E para descobrirem o porquê, vocês precisam ler o livro!

Só para dar um gostinho, vou copiar um trechinho dele para vocês:

“Esse órgão está sempre tentando achar um jeito de cortar custos, conseguir mais com menos, economizar recursos e ter uma reserva para casos de emergência.” Explicou Bramble. “E você tem essa máquina incrível, mas controlada por um piloto que pensa o tempo todo: ‘Tudo bem, como posso fazer isso funcionar sem usar tanto combustível?’. Você e eu sabemos como é bom correr porque tornamos essa atividade um hábito.” Mas, se perder o hábito, a voz mais nítida berrando em seu ouvido será o antigo instinto de sobrevivência, que o estimulará a relaxar. E aqui há uma ironia espetacular: nossa imensa resistência proporcionou ao cérebro a energia de que ele precisava para crescer, e o cérebro, agora, sabota essa resistência.
“Vivemos em uma cultura que considera os exercícios físicos extremos uma loucura”, lembra doutor Bramble, “porque essa é a orientação que o nosso cérebro dá: por que forçar a máquina se não precisamos fazer isso para sobreviver?”
(p.328-329)

E como estamos falando que "nascemos para correr"... deixo aqui mais uma música indispensável para a sua playlist:

“Born to run”, de Bruce Springsteen.

(No vídeo ao lado, Bon Jovi canta junto com Bruce Springsteen. Vale a pena conferir!)

E vamos correr nesse embalo...
'Cause tramps like us, baby we were born to run!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Correr, cair, e levantar!

Fiquei de continuar a história dos “ossos do não ócio” (http://www.porissoeucorrodemais.com.br/2013/08/ossos-do-nao-ocio.html). Pois bem, aqui vem ela:

Desde que aprendi a andar, constatei que a queda eventualmente aconteceria quando eu estivesse em maior velocidade. Mas é claro que eu não me lembro de nada disso, e estou apenas supondo que tenha acontecido! rs

Desde que adotei a corrida como atividade física (e desse tempo tenho lembranças mais claras), “tropecei”, “escorreguei”, “caí de maduro”, “não sei o que aconteceu”. O fato é que vire e mexe estava eu com joelhos, pernas, e mãos raladas. Parecendo criança levada ou desastrada, que não fica quieta e vai tropicando em tudo quanto é canto. Boa notícia: do chão, ninguém passa!

Então chegou 2013 e com ele o sonho da maratona. Era véspera de dia das mães. Parque do Ibirapuera lotado. Meu treino seria de 7km, rodando num ritmo de 6min por km. Eu estava um pouco irritada com alguma coisa que já nem lembro mais o que era. Logo no começo quis imprimir uma velocidade desnecessária nas minhas passadas e, antes mesmo de completar 1km, tropecei, escorreguei, sei lá o que aconteceu, mas caí com tudo na terra. Senti uma dor de pancada muito forte no joelho esquerdo. Dessa vez não tinha sido apenas um joelho ralado. Sorte que minha mãe vinha correndo atrás e me ajudou a levantar e lavar o machucado. Foi impossível continuar. Voltei andando/mancando para o clube (pertinho do parque), para ir à enfermaria. Peguei gelo e logo minha mãe chegou (já tendo corrido 6km) para me levar pra casa. O joelho inchou, inchou, e ficou parecendo o joelho de um elefantinho! Passei o dia mancando, com uma faixa no joelho, e aquele humor de pessoa chata e carente. A verdade é que eu estava preocupadíssima com o fato de que enfrentaria uma maratona em menos de 4 meses. Quando meu pai chegou, falou para eu parar de supervalorizar tudo aquilo, e disse que não era caso de eu ir ao pronto socorro. Então tomei antiinflamatório, fiz gelo, e repouso.

Como contei no primeiro post do blog, essa queda surgiu como um clímax na minha narrativa, de modo a tornar o treinamento mais emocionante. (Já que não dava pra voltar atrás, melhor mesmo era pensar assim e aprender com os erros). Passei uma semana parada! Nem me aguentava mais em mim. Cinco dias depois, ainda com o “joelho-bola”, fui ao PS fazer um raio X. Não era nada! Claro que meu pai disse: “Eu não disse?!” (Mas eu precisava dessa certeza para me despreocupar).

Na semana seguinte voltei aos treinos: caminhada! Na outra, já podia intercalar corrida e caminhada. E na seguinte, voltei a correr. O joelho ainda dizia que estava lá, mas foi gradualmente melhorando... Foi nesses momentos que eu compreendi o quanto gostava de correr e o quanto eu queria correr essa maratona (que chegará em 11 dias)!

Aproveitei o meu “repouso forçado” para descansar, para tirar fotos do parque Ibirapuera, e para recuperar meu pé das terríveis bolhas.

Elas eram outro “osso do ofício”. Para evitá-las, sempre paramentava as laterais internas do pé com micropore, o que ajudava um pouco, mas não muito. Meu treinador falou que passar vaselina no pé ajudava, e também sugeriu que eu procurasse algo apropriado naquelas lojas de palmilhas. Comprei um apetrecho de silicone feito para quem tem joanete, mas que se encaixava pelo dedão e cobria exatamente a parte do meu pé direito que ficava vulnerável às bolhas. A moça da loja disse que aquilo poderia me ajudar. Usei por um tempo e gostei do resultado. Protegia. Até que senti um incômodo no pé no primeiro treino um pouquinho mais longo que usei o apetrecho, e resolvi abandoná-lo. 


As bolhas continuavam lá. Finalmente, fui tentar a vaselina. Essa ajudou! O ótimo solado do meu tênis novo (usado para os treinos longos), e a podóloga que deu um trato nos meus pés (http://www.porissoeucorrodemais.com.br/2013/06/meus-pes-meus-queridos-pes.html), também contribuíram. E é com extrema alegria que eu lhes declaro que: as bolhas praticamente deixaram de ser “ossos”! rs

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ossos do "não ócio"

É meus queridos, quando vocês decidem sair daquela zona de conforto, coisas boas passam a lhe acontecer, mas, como já diria Fernando Pessoa: “Quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor.”

Em 2007, 2008, quando fazia atletismo com a Equipe Flecha, comecei a conhecer as dores... A primeira delas: canelite (uma inflamação da tíbia, principal osso da canela, ou de seus tendões e músculos). O Salsicha, nosso técnico, me passou diversos exercícios para melhorar, muitos deles eu fazia descalça, na caixa de areia (onde se treina salto em distância), e quando era pra correr, eu corria dentro do campo, na terra, dando preferência àquele piso ao invés da pista que o rodeava. Com os alongamentos e cuidados devidos, a canelite foi passando.

Em 2009, correndo tranquilamente com a minha mãe, senti uma forte pontada no joelho. Aquilo era novo e precisei parar de correr na mesma hora. Nos dias seguintes, ainda doía. Nada de corrida, nada de escadas. Passei a entender a reclamação frequente dos atletas em relação aos seus joelhos. Fui ao ortopedista. Fiz ressonância. Detectada condromalácia patelar no meu joelho direito. Pelo que entendi, grosso modo, é o atrito da patela com outro osso, muito comum em mulheres. 

Fiz hidro e fisioterapia num lugar bem legal chamado Acqua Terapia. Adorava a hidroterapia porque me permitia fazer exercícios dentro da piscina. Houve certa melhora, mas ainda não corria. Voltei ao médico. Voltei à fisioterapia. Dessa vez fui ao Instituto Cohen. Eu atravessava a cidade para ir lá, mas valeu a pena. Era uma etapa mais avançada da fisio, em que eu já fazia exercícios de fortalecimento, corria um pouco na esteira, e fiz exercícios de propriocepção, para garantir o equilíbrio. Aos poucos voltei a correr na esteira e depois no parque. Tímidas distâncias a princípio. E quando a dor não persistiu, eu havia voltado à minha vida normal!

Com os exercícios de propriocepção, percebi que eu poderia treinar o equilíbrio no metrô. Nada de barras para segurar as mãos! (Assim, qualquer cantinho era bom, além de que as mãos também ficavam livres para segurar livros!)

O mais importante que aprendi com isso foi que não podemos fazer apenas exercícios aeróbicos. Devemos conciliá-los com exercícios de fortalecimento, tanto para podermos ter um bom desempenho na corrida como para evitar lesões.

Bem, no auge dos meus 25 anos, meu histórico de lesões acaba por aqui (ainda bem, né?!). Acontece que as lesões não são os únicos “ossos do não ócio”, mas continuarei essas questões em um próximo post.

Diante de tudo isso, é fundamental que eu e vocês não nos deixemos desestimular por qualquer incômodo ou dor... buscando superá-los! Como Fernando Pessoa disse no mesmo poema citado acima: “Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena.” E nossa alma transborda.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Filhos de corredor, corredores são

Hoje foi dia de corrermos com ele!


E minha homenagem a ele foi escrita pela Giselli Souza, que soube tão bem transformar o que lhe contei em uma linda história de pai e filha, correndo pelo mundo e pela vida...

Segue o link: http://divasquecorrem.com/divas-que-inspiram/meu-pai-meu-primeiro-treinador/

Aliás, indico o blog da Giselli (Divas que Correm) a todos vocês, especialmente às meninas! ;)

sábado, 10 de agosto de 2013

Três tênis rosa choque!

Foi dada a largada do Mundial de atletismo em Moscou!

Quando acordei, pude conferir o finalzinho da maratona feminina. A italiana Valeria Straneo estava na frente! Já logo me simpatizei com ela, que também tinha um tênis rosa! (O meu novo tênis, com o qual treinei os longos e escolhi para correr a maratona é rosa choque!)

Nos dois últimos quilômetros, a queniana Edna Kiplagat ultrapassou a italiana, chegando em primeiro lugar. Ela também tinha um tênis rosa!! Achei isso um bom agouro para a minha maratona! rs
















"Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque!" 


Falando em Mundial de Atletismo, meu treinador Marcão está embarcando agora para Moscou. Ele foi convocado porque o atleta dele, Paulo Roberto de Paula, fez índice para competir lá! (http://www.iaaf.org/athletes/brazil/paulo-roberto-paula-256374)

Ele vai correr a maratona no dia 17 de agosto. Vamos torcer por ele!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Run, babies, run!

É tão gostoso quando a gente ouve uma música pela primeira vez e gosta dela logo de cara...

Foi assim ontem, voltando pra casa. Cansada do trânsito, com vontade de largar o carro e ir andando (correndo se não fosse o salto), me peguei trocando uma rádio por outra, sem me satisfazer com nenhuma delas... de repente, ouço uma música diferente, me dizendo nada mais, nada menos do que “run, baby, run”. Peguei o finalzinho da música, mas graças ao gênio que inventou um aplicativo chamado “shazam”, consegui descobrir qual era a música, e hoje vim procurá-la.

É claro que, na música, o sentido de “correr” não era o da prática esportiva... mas aí é que está a grande sacada da palavra “correr” e de sua versão inglesa “run”: sua polissemia! Explico: polissemia = multiplicidade de sentidos de uma palavra ou locução.

Por causa desse fenômeno linguístico, nós corredores “ganhamos” algumas músicas. Mesmo que elas não tenham nada a ver com o nosso tipo de corrida, quando as ouvimos, sentimo-nos de certa forma homenageados!

Deixo agora a Sheryl Crow falar por mim, para prestar minha homenagem, de coração, a você aí que agora me lê.

domingo, 4 de agosto de 2013

Vencer distâncias

Hoje foi dia de mais um treino de 30. O terceiro e último antes da maratona. Agora já está bem perto e os treinos começam a diminuir.

Falta a última sequência de exames de sangue e urina, que farei amanhã (aproveitando que terei dia de descanso). Falta uma semana pra eu entrar de férias do trabalho! Faltam 15 dias para minha viagem para Quebéc! E faltam 21 dias para a “Marathon des Deux Rives”!

Mas, vamos nos ater ao presente...

Hoje estava sol novamente e comecei a correr cedo. Eram 5 voltas externas no parque. Ainda na primeira, ouvi uma música que caiu perfeitamente: “Go the distance”, do Hércules. Vejam a versão em português!

No meio da segunda volta, encontrei meu pai, que começou um pouco mais tarde. Dali a pouco, encontramos um professor dele do curso de implante, o Gustavo, que também está treinando para sua primeira maratona, a qual será em Chicago, agora em outubro. Na quarta volta, encontramos o Paulo, corredor e formado em Educação Física. Eu ficava por perto dos três. Na quinta volta, estava sozinha e encontrei o Wilson, meu amigo que está treinando pro ironman de 2014 e criou um blog recentemente: www.webrun.com.br/comunidade/blog/home/id/32/t/Saga+Ironman

Novamente sozinha, fiz uma amizade! Uma moça vinha correndo com mochila... Lembrei do Claudio Zuccolo, corredor de ultramaratonas que tinha conhecido no meu primeiro treino de 30, e perguntei se ela estava treinando para uma prova longa. Disse que sim, para uma ultramaratona de 50km! Kelly Vieira. Ela contou que corria muito em montanhas, corridas de aventura!

Todas essas pessoas correndo, muitas com objetivos até mais “loucos” que o meu, me deixavam feliz e me davam forças!

Faltavam 3 quilômetros, o pé direito doía um pouco, e eu só queria chegar. Completei meus 30 e meu pai continuou para terminar os 30 dele. Apertei o stop do garmin e ainda dei um trotinho para abraçar minha mãe que tinha corrido 21km e me esperava. (Esse momento de chegar é sempre emocionante!) Ela comprou um coco pra mim e aquilo foi quase o céu! Meus pais ainda iriam na feira e voltei dirigindo pra casa. (pra quem ainda terá mais 12km depois de 30km, dirigir não podia ser tão difícil!)

No final da tarde, o Lucas, meu irmão, correu 14km. Assim, nosso núcleo familiar completou 95km só no dia de hoje! (O Lucas fez a desfeita de não correr 19km! Por causa dele não completamos 100km! rs Brincadeira, Lu!)

Beijos pra todos vocês!