quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Nascemos para correr demais: no TED!

Já recomendei pra vocês um livro incrível: "Born to run", de Christopher McDougall. Em português o título foi traduzido para "Nascido para correr". Confesso que eu me incomodei um pouco com essa tradução, porque se tem um esporte em que as mulheres têm chances como os homens, esse esporte é a corrida (de longa distância).  Por isso (e não só por isso) eu preferia que o título aqui no Brasil fosse "Nascemos para correr", que não ficaria só no masculino... Não vou entrar no mérito dessa discussão, mas se tem alguém que sabe falar sobre feminismo, esse alguém é minha amiga Ruth Manus, cujo discurso eu tive a oportunidade de assistir no TEDx, no final do ano passado. Graças a ela, comecei a assistir a alguns vídeos no site (ou app) do TED, cujo mote é "ideias que merecem ser compartilhadas".

No TED vocês podem ver palestras sobre tantos assuntos diferentes e tão interessantes e importantes! Assim como vi a palestra da Ruth que trata especialmente sobre feminismo, assisti a uma entrevista com a Melinda e o Bill Gates, sobre a fundação deles (antes que me perguntem como vai minha tese: fundação é tema da tese!). Como ouvi outro dia de um amigo: "o conhecimento é um só..."

E, trazendo o conhecimento pro tema do blog, descobri essa pérola que preciso compartilhar com vocês: um vídeo do Christopher McDougall, autor de Born to run, no TED!

O discurso dele (Are we born to run?) tem legenda em português! Ele fala por 15 min, muito rápido! O que significa que nesses 15min há muito conteúdo. E do bom! Vale muuuito a pena ver! Segue o vídeo:



Confiram meu post sobre o livro aqui (se gostarem do que ele fala, vocês precisam ler o livro!): http://www.porissoeucorrodemais.com.br/2013/08/queridos-nos-nascemos-para-correr.html

E para quem não conhece o TED, façam esse favor a vocês mesmos: https://www.ted.com

E pra quem não conhece a Ruth, o discurso dela no TED tá aqui: https://www.youtube.com/watch?v=4RbHzSRfoXo

sábado, 28 de janeiro de 2017

Treinando em casa com Fitness Blender

Só correr não é suficiente. A gente sempre precisa ter atividades que complementem a corrida, dando o fortalecimento que será necessário para não nos machucarmos, já que correr é uma atividade de muito impacto. 

Fortalecer a musculatura da perna é essencial para que não haja uma lesão no joelho, por exemplo.

Mas, como fortalecer?

Você pode ter um personal, que te acompanhe na musculação, monte um treino específico para você, te corrija sempre, e troque seu treino regularmente. Você pode se inscrever em uma academia, e treinar musculação. Ou você pode fazer aulas de treino funcional, ou pilates. Ou ou ou...

Mas daí alguém pode argumentar que não faz nada disso por questões financeiras; de más condições climáticas; de horários de trabalho complicados...

Seja lá qual for o motivo (ou a desculpa), vim trazer uma solução:


Nesse site você pode selecionar o tipo de treino que quer fazer. Há campos em que você pode definir:
- tempo mínimo e máximo, conforme sua disponibilidade;
- nível de dificuldade (de 1 a 5);
- parte do corpo a ser trabalhada: corpo todo, upper body, lower body e/ou core;
- tipo de treino: alongamentos, força, equilíbrio, tônus muscular, cardio, pilates, etc;
- usar algum equipamento que eventualmente tenha em casa ou selecionar "no equipament".

Enfim, depois de indicar os filtros, eles te apresentam uma gama de vídeos dentro dos seus requisitos e então você pode escolher o vídeo. Eu, inclusive, abro o vídeo na tela cheia e passo para a televisão, por meio do chromecast (google home), ou ligando o computador na TV pelo cabo HDMI.

Também é possível se registrar no site do Fitness Blender, salvar ali seus treinos favoritos, e até adicionar os treinos a um calendário. Achei bem organizado! Quem dá os treinos é um casal muito simpático, Kelli e Daniel. Há treinos só com ele, só com ela, e outros com os dois juntos. Infelizmente as aulas são apenas em inglês, mas não é preciso ser fluente para entender o necessário.

Tenho alternado meus treinos de corrida com treinos que encontro no Fitness Blender, e gosto bastante!

Novamente, não é o melhor dos mundos, não é como ter um professor te corrigindo, mas, vale aquela máxima: "O bom não pode ser inimigo do melhor". 

De qualquer forma, recomendo que, ao menos, conversem com profissionais para saber de suas necessidades, e se precisam evitar algum tipo de exercício (eu sempre evito alguns de alto impacto, porque a corrida já tem muito impacto e porque já tive condromalácia patelar).

Enfim, fica a dica para se manterem em movimento, sem desculpas. E, de quebra, vocês treinam inglês!

sábado, 14 de janeiro de 2017

Fiz amigos bebendo leite (de kefir)

Dizem que não se faz amigos bebendo leite... ora, isso é porque os sujeitos que repetem essa frase não conheciam o kefir! 😊Explico...

Hoje é aniversário da Flú, e qual não foi minha supresa ao ver que também era aniversário da Kelly! Pois bem, fiz essas duas amigas bebendo leite!🍶🐄

A Kelly me doou kefir quando eu estava em São Paulo, e agora está procurando alguém que doe pra ela em Toronto. Encontrei o contato dela em uma lista de "Doadores de kefir em São Paulo" no instagram da nutri que entende tudo sobre kefir, a Djulye Marquato - @djulye.  

No mesmo instagram, na lista de doadores de kefir no exterior, a Flúvia me encontrou, quando eu morava em Lisboa. E foi assim que começaram duas grandes amizades! Parabéns pras minhas amigas capricornianas, corredoras, consumidoras de kefir de leite! 🎉🎈Beijos do Brasil pra Portugal e pro Canadá!

Mas, afinal, o que vem a ser kefir? São microorganismos que fermentam o leite e produzem uma espécie de iogurte. (Também há kefir de água, de suco de uva... mas não tratarei desses.)

Nos grãos de kefir de leite concentram-se mais de 30 bactérias + fungos que vivem em colônia e são benéficas a nossa saúde. O kefir alimenta-se da lactose do leite e, após 24 horas, podemos coá-lo, obtendo o kefir de leite, que é um alimento probiótico.

O kefir de leite reequilibra a  flora intestinal e ajuda no melhor funcionamento dos sistemas do nosso corpo, inclusive prevenindo doenças. Quase um elixir da longa vida! rs

Como diz a Kelly, são os "kefilhos". Sempre tenho que garantir que há leite em casa pra alimentar os bichinhos! E eles precisam de cuidado. Mas em troca, eles nos dão um alimento bem melhor do que o leite que compramos no supermecado. É uma simbiose! 💙

Além do "iogurte", faço uma espécie de "iogurte grego" e/ou "queijo grego", e nesse caso o sabor agrada a mais pessoas, porque a acidez diminui. 

Para preparar o grego, eu coloco o kefir (já coado e sem os grãos de kefir) em um coador de pano e guardo na geladeira. O kefir vai dessorar e o sorinho que cai no fundo do copo/jarra é como whey protein (até melhor, por ser mais natural!). Vocês podem incluir na alimentação, misturando com algo para evitar o gosto azedo (por exemplo na sopa), e também podem usar para adubar as plantinhas! Elas adoram!

Vale a pena pesquisarem mais sobre o assunto!

Aqui fica um videozinho em que ensino um pouco sobre o kefir, como cuidar e o que se pode fazer com ele:

E, para quem se interessou, seguem alguns links ótimos sobre o assunto:

Do blog da Kelly (Maravilhoso para receitas! E está entre as sugestões de blogs na lateral direita deste meu):

De vídeos da Djuye Marquato, a nutricionista que sabe do assunto com muita propriedade, e responsável por eu ter feito amigas bebendo leite (fermentado pelo kefir) rs: 
🐄Kefir: Perguntas e respostas (ao vivo): https://www.youtube.com/watch?v=NLtaEwYq1YE&t=9s
🐄Como faço com o kefir quando for viajar? https://www.youtube.com/watch?v=zmQT_uxUQBo
🐄Quem é intolerante a lactose, pode consumir o kefir de leite? https://www.youtube.com/watch?v=NIxwWUKq1ec
🐄Meu kefir está muito ácido, como ajustar isso? https://www.youtube.com/watch?v=pKP8omKiesc&t=23s

Se, depois desse post e de alguma pesquisa, vocês quiserem kefir, podem entrar em contato comigo, porque doo kefir de leite em São Paulo, capital!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Pro ano acordar feliz



5 de janeiro... é verão no hemisfério sul.
O dia começou um pouco nublado, mas durante o treino, o sol abriu e o calor aumentou.
O ano começou cheio de planos, e claro que um deles é acordar cedinho pra correr.
Pra todos que se propuseram a começar a correr, a continuar correndo, a treinar para um objetivo que te leva mais longe, que te desafia... deixo aqui o refrão de uma música do Sérgio Britto:

"Às vezes é bom fazer o que tiver medo
Porque dizem que Deus ajuda a quem ajuda a si mesmo
Às vezes é bom fazer o que tiver medo
Porque dizem que Deus ajuda a quem ajuda a si mesmo
Porque dizem que Deus ajuda a quem acorda cedo!"

Gostei dessa música na primeira vez que ouvi... Não tenho dúvidas de que Deus (o que quer que seja que você considere Deus) ajuda quem se ajuda. E não tenho dúvidas de que correr é uma forma de se ajudar (é uma forma de amor próprio). E, pelo menos pra mim, acordar cedinho e ter a corrida (ou outra atividade física) como a primeira atividade do dia faz um bem danado!

Pra esse novo ano, desejo a vocês que o despertar seja natural, e venha com uma sede de viver! Desejo tênis confortável, suor escorrendo, uma bela paisagem, amigos correndo ao lado, músicas energizantes, ou canto de passarinhos. E trocando asas por pernas, desejo que brinquem de ser passarinhos.

Feliz 2017, com muita saúde e boa vontade!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Splish splash fez o tombo que eu tomei

Como já escrevi sobre correr, cair e levantar, quando a gente corre, a gente está sujeito a tropeçar e cair. Acontece... Mas, pelo menos, do chão ninguém passa. 

Adoro correr no Parque Ibirapuera, e gosto, especialmente, de correr na terra e na grama - onde há menos impacto e, portanto, é melhor para nossas articulações. Ocorre que ali no Ibirapuera há muitas árvores🌳 e, consequentemente, muitas raízes. E foi numa delas que tropecei ontem, mesmo olhando pro chão, e mesmo com o constante alerta do meu pai: "Cuidado com as raízes!". Simplesmente quando é pra cair, a gente cai... 💥

Tropecei, caí na terra e ralei a perna direita e um pouquinho da mão esquerda (que usei pra me proteger). Levantei. Fui correndo até o bebedouro mais próximo e joguei água pra limpar a ferida. Parar naquela hora não amenizaria nada, portanto continuei correndo, e apenas diminui o ritmo e aumentei o cuidado. Completei os 10km a que me propus correr quando cheguei ali. 

Em casa, ardeu muito na hora do banho. Depois, para limpar melhor a ferida, passei um antisséptico (para não infeccionar), porque caí na terra, e apenas água e sabão não seriam suficientes para matar os microorganismos.

Minha perna continuou ardendo pelo resto dia. Hoje o machucado está chamando mais atenção, mas já não arde mais. E no ano que vem isso sara. (Ainda bem que o ano que vem já tá logo aí!)

Como num trecho lindo do Fernando Sabino em seu livro "Encontro marcado": "De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro."

Fernando Sabino estava escrevendo sobre a vida em geral, mas ele poderia muito bem estar escrevendo sobre a corrida em nossas vidas!

Se cair, levante, e se puder: "keep walking!" Ou melhor, KEEP RUNNING!🏃 Afinal, a corrida ensina muita coisa que não se limita ao esporte. O que a gente aprende com a corrida nos serve também de lição pra vida.

Perna direita ralada no domingo pós corrida
Perna ralada no dia seguinte

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O melhor do Ibira são os corredores

Voltei de Portugal e voltei para o meu parque preferido.
Foto by: Marina Guidon Riga
O bebedouro por onde eu sempre passei, ali perto da marquise, não existe mais.
A árvore de Natal que montaram esse ano está menor do que a de três anos atrás.
Mas ele continua o mesmo bom e velho Parque Ibirapuera. 

Corri no City Park em Denver, no Parque do Taquaral em Campinas. Conheci o Mount Royal em Montreal. Corri no Parque Curupira em Ribeirão Preto, no Parque da Cidade em Brasília, no Monsanto em Lisboa, no Olympic Park em Londres. Conheci o Central Park em New York....
Mas não tem jeito... nenhum deles estava lá quando tirei as rodinhas da bicicleta, nem quando coloquei as rodinhas nos pés para acompanhar meus pais. Nenhum outro parque viu meu tropeção nas raízes e eu caminhando pra recuperar o joelho inchado, nem acompanhou minhas manhãs de treinos pra maratona. Mas o Ibirapuera estava lá quando fiz três treinos de 30, e quando reunimos 7 membros da família e corremos na véspera de Natal. O Ibirapuera estava sempre lá. E ele continua lá. E a boa filha a casa torna...

E nessa volta, nesse meu recomeço, descobri mais um pedaço especial desse já tão lindo Ibirapuera: essa equipe maravilhosa que treina com o Branca. Esses todos loucos que caem da cama e estão lá no parque antes das 7h da manhã. 💪Eles que correm correm correm, e depois comem comem comem... e que por isso correm demais! 🏃Esse "povo da corrida" que me recebeu de braços abertos e que tem feito meus dias começarem com mais disposição e bom humor.

Direção de foto: Marina Guidon Riga 
Nasci numa família de gente que corre. E quanto mais conheço essa gente boa que corre, maior fica a minha família. 💚

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

(A)(manhã)(céu)



Faltava um pouco de tinta branca na oca

Faltava um pouco de azul no céu branco

Mas o dia amanheceu cheio de paz...

Ali, onde se misturavam o suor e o orvalho da manhã

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As cinco linguagens do amor numa corrida

                  Acordei com o gato mordendo meu tornozelo e caminhando pela cama, a ronronar perto de mim. A mordida doeu um pouco, mas acordar com o carinho dele era melhor que com o despertador.

Estava terminando de comer os ovos com queijo e recebi mensagem do meu primo, que ainda não havia ido correr e topou ir comigo. Combinamos de encontrar no portão 5 do parque Ibirapuera. Já fiquei mais animada porque teria companhia.

Cheguei na ruazinha onde quase sempre estacionamos, e a princípio não havia nenhuma vaga, mas lá estava o Seu Manoel que veio vindo ao meu encontro. Ele falou para eu parar o carro ali, pegou minha chave e disse que estacionaria melhor o dele, para conseguir espaço para o meu. O Seu Manoel sempre sorrindo, com aquela simpatia e prontidão naturais, já motivava a atividade da corrida que viria a seguir! Só fiquei chateada por ter esquecido de levar um amendoim e algum refresco pra ele.

Enfim cheguei ao portão 5 e lá estava meu primo: "Olha quem eu encontrei aqui e não deixei ir embora pra te ver?!" Era o pai dele - meu tio e padrinho - que àquelas horas já havia terminado sua corrida. Pude, finalmente, dar-lhe um abraço de aniversário, que estava guardado há quase um mês, - o parabéns tinha sido só pelo telefone. Mesmo que rapidinho, era bom matar saudade.

Então, eu e o Rafa começamos a correr. Os 7km que eu deveria fazer em ritmo leve viraram 8, pois eu nem me dei conta do passar do tempo e da distância percorrida. Era tão bom ter meu primo ali perto, depois de tanto tempo que eu estive longe de casa! Tão bom poder compartilhar ideias e uma mesma atividade! Fiquei muito grata por ele ter sido meu companheiro naquela corrida, abdicando de correr no seu ritmo, para correr ao meu lado.

Depois tivemos 4 tiros de 1km e nessa hora ficamos mais quietos, mas suas palavras encorajadoras me ajudaram a buscar a força que já existia em mim, para correr mais forte. O incentivo de fora, junto com nossa vontade, nos leva mais longe.

Contávamos com 12km e o Rafa precisou ir embora. Eu ainda tinha mais 2km, mas decidi que como já estava lá mesmo, faria mais 3, pra completar 15km. Liguei a música, que seria a minha próxima companheira, e fui correndo.

Chegando perto da Marquise, ouço: "Boa corrida, moça bonita!" Para minha surpresa, não era nenhuma pessoa conhecida, mas uma menina que pedalava sua bicicleta tão livremente e feliz, que deve ter decidido espalhar alegria, por meio de elogios e encorajamentos.

Ainda cruzei com um menininho que vinha com o skate em minha direção. Tanto eu como ele diminuímos a velocidade, e ele pediu: "Deculpa moça!" Foi tão educadinho que nem tinha como não sorrir e encarar a situação como uma delicadeza, apesar do quase atropelo.

Fui chegando ao final dos 15km, mas ainda não estava perto do portão. Por isso, resolvi colocar mais 1km na conta. Terminei feliz da vida e com sede.

Junto à grade, voltando pra pegar o carro, fui pedir um côco ao Seu Luís, mas ele disse que estava sem, e que se soubesse que eu queria, tinha mandado buscar pra mim, mais cedo! Ah, nem importava... Ele sempre oferecia, e só por sua atenção, me senti presenteada da mesma forma.

Fazia tempo que eu não corria 16km, mas a minha felicidade não era apenas por essa distância alcançada. A manhã inteira eu havia recebido amor, em suas cinco diferentes linguagens, conforme Gary Chapman. (Aliás, adorei o livro dele!) A mordida do gato e o abraço do meu tio eram toque físico. A ajuda do Seu Manoel para estacionar o carro, representava ato de serviço. A companhia do meu primo foi tempo de qualidade. O incentivo dele durante os tiros, o elogio espontâneo da menina e as desculpas sinceras do menino foram palavras de afirmação. O "potencial" côco  do Seu Luís seria presente. Eu só podia ser mesmo muito grata. 

E daí que, pensando em tudo isso, compreendi ainda melhor a minha ligação com a corrida. Desde pequena, a corrida representava um momento compartilhado com minha família. E deve ter sido assim que lhe associei com o valor de amor. Amor ao próximo e amor próprio! A corrida, pra mim, é uma atividade de amor.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Testei o Asics FuseX para a Sport Life Brasil

De volta a São Paulo, de volta ao parque Ibirapuera, retomando treinos, retomando o blog, repensando em objetivos de vida (e, como não poderia deixar de ser, da corrida!)

Segue mais um bom tênis lindo que testei para a revista Sport Life. Obrigada mais uma vez pela oportunidade de fazer o teste, Amanda Preto!


segunda-feira, 11 de julho de 2016

Minha maratona de Quèbec na O2!

Capa da O2 de junho de 2016
Em maio fui ao Brasil para o casamento da minha melhor amiga. Foi corrido demais, porque estive lá só por uma semana e mal pude avisar que estava indo, ou que estava lá. Mas eis que num dia vejo uma mensagem no facebook do blog: era a Camila, jornalista da O2, querendo me entrevistar sobre a maratona de Quèbec! Qual não foi a surpresa dela quando soube que eu estava lá... E sim, dei um jeitinho de encontrá-la para tomarmos um suco e conversamos sobre essa maratona, minha preparação para ela, e sobre o que havia para se visitar por lá!

Em junho chegou a revista da O2 com o artigo sobre a maratona! Ali consta Mari(a)na Figueiredo, mas eu juro que, à despeito do A a mais, sou eu MARINA!! ;)

Abaixo seguem as três páginas da revista referentes à entrevista! Vejam que amor!

terça-feira, 26 de abril de 2016

Teste do Fila Kenya Racer 3 para a Sport Life Brasil

Em janeiro fui ao Brasil e tive a oportunidade de conhecer pessoalmente a querida Amanda Preto, jornalista da Sport Life. Ela me levou o Fila Kenya Racer 3 para testar para a revista Sport Life Brasil. Seguem algumas fotos dele!
Amanda e eu em São Paulo



Segue o meu teste e testes de outros tênis feitos por outros corredores.
Tenho gostado muito de correr com o Fila Kenya Racer 3! E me surpreendi bastante com ele, já que nunca tinha tido um Fila. Conforme vocês podem ler no meu teste acima, adoro a leveza dele e sua respirabilidade e acho que ele tem um ótimo custo benefício!

domingo, 17 de abril de 2016

Por isso eu corro

Por que você corre?

Em frente à estátua do Calouste Gulbenkian
Muita gente que não corre faz essa pergunta a quem corre. E eu diria que ela tem tantas respostas que a minha pergunta de volta é: Por que eu não correria?

Posso ter ido quase todos os dias ao ginásio (academia), mas não tinha ido correr desde que me mudei de casa, e era como se estivesse faltando parte de mim. Vai entender... Hoje saí pra correr sem muitas pretensões, sem uma meta de ritmo, ou de quilometragem. Só queria correr ao redor e conhecer os lugares aonde posso ir. Hoje não havia necessidade de velocidade. Hoje eu queria apreciar a paisagem. E isso é algo que me faz bem enquanto eu corro.

A gente vai correndo e vendo como tudo fica mais perto. E isso é de algum modo meio mágico: a gente poder ir a qualquer parte com nossos próprios pés. Pode parecer besteira, mas já começa aí a sensação de gratidão.

Daí você avista outras pessoas correndo e pensa: não estou sozinha! E é quase como se em silêncio eu dissesse a cada um: "muito bem!" Como quando a gente dirige por uma estrada e vê alguém correndo e dá vontade de dar aquelas buzinadinhas de parabéns e de incentivo. Não sei se compreendem o que eu digo, mas se sim, #tamojunto!

Daí você vai correndo e passa por um lugar lindo que parece um castelinho, cheio de verde lá dentro. É a Fundação Gulbenkian. Você passa pela estátua do seu ídolo que fundou tudo aquilo: Calouste Gulbenkian. 

Você sobe escada. Você passa por uma ciclovia lá no alto e logo vê uma placa para um miradouro que você ainda não conhece. Resolve subir e logo avista um monte de verde, e um aqueduto, porque Lisboa é bonita demais.


E como você tinha subido, chega a hora de descer. Você tenta um caminho por outro lado e chega noutra praça verde - que como Lisboa também desce e sobe. Você passa por crianças jogando futebol com seus pais, por donos a passear seus cães, por velhinhos que saem à rua por essas bandas, e jogam xadrez. Você até pensa se a pessoa que criou aquele curta metragem antes do filme do Toy Story não passou por ali também! 

Do lado oposto, num banco da praça, um senhor tem um pedaço de pão que oferece às pombas - e uma grande quantidade delas o rodeiam. Alguma lembrança vaga me remeteu ao filme Esqueceram de mim. 

Você tá correndo e vai vendo cenas assim. Umas amigas deitadas no meio do mato aproveitam o sol que estava escondido há dias! Um casal de namorados aproveita pra passear depois de dias de correria. Os gajos jogam uma espécie de golfe. E a vida acontece, sem precisar de muitos recursos. Você continua e lá adiante há umas casinhas coloridas, emprestando mais cor ao dia azul. Mais logo encontra um jardim com auditório ao ar livre e ao seu redor há cavalos e cavaleiros de metal, numa arte que foge da mesmice. Depois você chega noutro jardim que é quase quintal da sua casa e a cena da "vida acontecendo com simplicidade" repete-se. 

E enquanto você via tudo isso, o suor saía pelos seus poros. Vida. E por isso eu corro. Não corro apenas por todos os benefícios (que já seriam suficientes) que a corrida traz, não corro apenas para testar meus limites e ir um pouco além, não corro apenas pela corrida ela mesma. Corro por tudo isso e mais um pouco do que envolve correr. Porque cada corrida é difernte e especial. Numa você tá do lado dos seus pais, noutra você vê um cachorro entrando no rio e ao sair, chacoalhando seus pêlos para se secar. E ainda tem aquela em que você ouve uma música gostosa e se pega dançando enquanto espera o farol abrir... 

Corro porque me sinto viva e vejo vida. Corro porque toda vez que eu corro, eu me lembro de porquê eu corro.

Vocês vêm também?!

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Um livro sobre correr, amar e viver



Há tempos não escrevo por aqui... Não parei de correr, tampouco parei de escrever. Só sentia que não havia nada de tão especial para compartilhar por aqui a respeito de corrida.

Acontece que hoje acabei de ler um livro... a respeito de corrida, de autoconhecimento, de força, de família, de carreira, de gratidão, de tantos tipos de amor... um livro a respeito de amor à vida.

Chama-se "Num piscar de olhos" da Debs Aquino.

Já queria ler esse livro desde antes do lançamento. Por meio das redes sociais, acompanhei e acompanho suas lutas, corridas, as transformações de sua vida. E, finalmente, na minha visita ao Brasil, pude comprar.

Ela não me conhece, mas já faz tão parte da minha vida (e me faz tão bem). Ela é minha grande ídola (e olhem que eu nunca fui de ter ídolos no mundo das celebridades).






Eu e minha mãe no evento Corra pela vida
Conheci a Debs Aquino (@debsaquino) num encontro de mulheres corredoras, organizado por ela, pelas outras duas mulheres incríveis Gabi Manssur (@justicadesaia) e Paula Narvz (@correpaula), cujo mote era: #corrapelavida.

A Debs é uma pessoa incrível, com uma energia contagiante, com um carisma nato e com muito a ensinar a todos que correm, a todos que passaram, passam, ou têm pessoas próximas passando pelo câncer. Mas não só. A Debs tem muito a dizer para qualquer pessoa que busque uma vida de saúde, amor e felicidade.

Amei o livro. Amo a Debs. Já era fã. Virei ainda mais. Leiam! E pra quem puder: baixe o snapchat e siga essa pessoa apaixonante, que me faz companhia enquanto eu cozinho, lavo a louça... rs

Além do livro, do instagram, e do snapchat, o blog da Debs é mara! http://blogdadebs.com.br

Por fim, se algum dia ela vier a ler esse post: Obrigada, Debs, por ser uma "guru para a vida"!

domingo, 18 de outubro de 2015

Torcendo na maratona de Lisboa

Primeiro era pra eu ter me inscrito nos 21km que também ocorreriam com a Rock'n Roll Marathon. Mas os meses de julho, agosto e setembro passaram sem que eu pudesse treinar direito... escrevendo os três artigos do mestrado, troquei a noite pelo dia, e correr sem ser de manhã ou após o pôr do sol (que estava ocorrendo entre 21h e 21h30) seria quase que um pedido para derreter e desidratar! Por isso, fui mais ao ginásio (academia, como eu dizia num passado brasileiro), e lá eu corria mais pra aquecer... Também tive uma dor no pé que me impediu de treinar por umas semanas (depois vou postar sobre essa dor e sobre as providências que tomei e como melhorei!)

Bem, não estando treinada pra 21km, considerei correr a outra prova que haveria junto do combo da Rock'n Roll Marathon, que era de 6km. 

Num segundo momento, no entanto, eu e minha mãe (que está em Lisboa me visitando), nem poderíamos correr os 6km, porque hoje seria dia de eu fazer mudança. Malas e sacolas todas prontas, mas houve um atraso na reforma do novo apartamento, e eu só mudaria depois...

Ora, tudo confluiu para que hoje fôssemos correr, e talvez de uma forma mais divertida do que se estivéssemos inscritas correndo a prova. Descemos a pé ao cais do sodré e avistamos os maratonistas que deviam estar em seu km 33.

Passamos logo pela Praça do Comércio e continuamos ao lado deles (não na pista deles, para não atrapalhar, mas ao lado), correndo e incentivando os corredores. Cruzamos logo com a Eva do Correr Lisboa. 

Tirei fotos, dei um gole de água pra ela, conversei só um pouquinho (pra não cansá-la mais) e continuamos eu e minha mãe. Sempre que passava por alguém do Correr Lisboa, eu fotografava, afinal, eles sempre me receberam tão bem nos treinos!




O clima estava ótimo, nem quente nem frio e sem chuva (que só caiu mesmo à tarde). Pegamos apenas uns chuviscos no final.

Eu fiquei toda empolgada e comecei a bater palmas enquanto corria, e gritava "Vamos lá, pessoal", "Muito bem!", "Vocês estão ótimos!", "Tá no fim!", "Falta pouco!", "Agora é correr com o coração!", "Good jog!" para uns gringos, "Parabéns!", "Vocês são herois!", Vocês são meus ídolos!"... muitas palmas...

Eu achei que deveria haver muita gente ali naquele meio de calçada torcendo, batendo na mão dos corredores, mas não havia... naqueles 8, 7, 6, 5 quilômetros finais em que os corredores correm com o coração e não mais com os pés, não havia quase incentivo, e por isso eu achei que eu devia mesmo contiuar com a torcida! E foi liiindo!!! Foi maravilhoso arrancar tantos sorrisos, e sinais de positivo, e "obrigados" e "obrigadas", além de ver pessoas que estavam andando, voltando a correr, por causa das minhas palavras!! Foi lindo!

Apesar da pouca torcida, encontramos o Vicente, um corvo mascote do Correr Lisboa, que estava torcendo e segurando uma faixa. Até tiramos uma foto com ele.



Assim como presenciamos esforço e emoções a flor da pele, também cruzamos com um corredor que deitou na rua (aqui se diz estrada) porque estava com caïbra. Outro corredor havia parado para ajudá-lo, mas eu e minha mãe assumimos o posto, e ele pôde continuar sua corrida, enquanto segurávamos os pés do corredor com caïbra para o alto... Logo gritei para chamar os paramédicos, que chegaram rapidamente! Espero que o corredor tenha melhorarado para concluir os 5km restantes!

Depois dali, começamos a voltar, correndo no sentido contrário e ainda torcendo! Aliás, torcendo mais ainda para aqueles que se encontravam persistentes no final. Então torcemos até a última corredora. Depois foi só correr pra casa, e foi ótimo passar por aquelas ruas que estavam fechadas. Foram 12km em que corri feliz demais.


A Praça do Comércio e o cais das colunas cheios de gaivotas. O céu bonito, cheio de nuvens carregadas que, com muito respeito, aguardavam a corrida passar para descarregarem em chuva. Os maratonistas tinham passado com muita garra, superação e amor, e ali atrás de suas passadas pesadas (e ao mesmo tempo tão leves) deixaram uma cidade de paz.


E reservando o melhor para o final, abaixo deixo um vídeo que retrata um pouquinho dessas passagens que tivemos a alegria de presenciar.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Anagrama para maratonistas e futuros maratonistas

Recebi da minha amiga Gabi, e precisava compartilhar com vocês!

Bué fixe! (ou: Bué da fixe) -> Traduzindo a gíria de Portugal pra vocês: Muito legal!