segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Splish splash fez o tombo que eu tomei

Como já escrevi sobre correr, cair e levantar, quando a gente corre, a gente está sujeito a tropeçar e cair. Acontece... Mas, pelo menos, do chão ninguém passa. 

Adoro correr no Parque Ibirapuera, e gosto, especialmente, de correr na terra e na grama - onde há menos impacto e, portanto, é melhor para nossas articulações. Ocorre que ali no Ibirapuera há muitas árvores🌳 e, consequentemente, muitas raízes. E foi numa delas que tropecei ontem, mesmo olhando pro chão, e mesmo com o constante alerta do meu pai: "Cuidado com as raízes!". Simplesmente quando é pra cair, a gente cai... 💥

Tropecei, caí na terra e ralei a perna direita e um pouquinho da mão esquerda (que usei pra me proteger). Levantei. Fui correndo até o bebedouro mais próximo e joguei água pra limpar a ferida. Parar naquela hora não amenizaria nada, portanto continuei correndo, e apenas diminui o ritmo e aumentei o cuidado. Completei os 10km a que me propus correr quando cheguei ali. 

Em casa, ardeu muito na hora do banho. Depois, para limpar melhor a ferida, passei um antisséptico (para não infeccionar), porque caí na terra, e apenas água e sabão não seriam suficientes para matar os microorganismos.

Minha perna continuou ardendo pelo resto dia. Hoje o machucado está chamando mais atenção, mas já não arde mais. E no ano que vem isso sara. (Ainda bem que o ano que vem já tá logo aí!)

Como num trecho lindo do Fernando Sabino em seu livro "Encontro marcado": "De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro."

Fernando Sabino estava escrevendo sobre a vida em geral, mas ele poderia muito bem estar escrevendo sobre a corrida em nossas vidas!

Se cair, levante, e se puder: "keep walking!" Ou melhor, KEEP RUNNING!🏃 Afinal, a corrida ensina muita coisa que não se limita ao esporte. O que a gente aprende com a corrida nos serve também de lição pra vida.

Perna direita ralada no domingo pós corrida
Perna ralada no dia seguinte

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O melhor do Ibira são os corredores

Voltei de Portugal e voltei para o meu parque preferido.
Foto by: Marina Guidon Riga
O bebedouro por onde eu sempre passei, ali perto da marquise, não existe mais.
A árvore de Natal que montaram esse ano está menor do que a de três anos atrás.
Mas ele continua o mesmo bom e velho Parque Ibirapuera. 

Corri no City Park em Denver, no Parque do Taquaral em Campinas. Conheci o Mount Royal em Montreal. Corri no Parque Curupira em Ribeirão Preto, no Parque da Cidade em Brasília, no Monsanto em Lisboa, no Olympic Park em Londres. Conheci o Central Park em New York....
Mas não tem jeito... nenhum deles estava lá quando tirei as rodinhas da bicicleta, nem quando coloquei as rodinhas nos pés para acompanhar meus pais. Nenhum outro parque viu meu tropeção nas raízes e eu caminhando pra recuperar o joelho inchado, nem acompanhou minhas manhãs de treinos pra maratona. Mas o Ibirapuera estava lá quando fiz três treinos de 30, e quando reunimos 7 membros da família e corremos na véspera de Natal. O Ibirapuera estava sempre lá. E ele continua lá. E a boa filha a casa torna...

E nessa volta, nesse meu recomeço, descobri mais um pedaço especial desse já tão lindo Ibirapuera: essa equipe maravilhosa que treina com o Branca. Esses todos loucos que caem da cama e estão lá no parque antes das 7h da manhã. 💪Eles que correm correm correm, e depois comem comem comem... e que por isso correm demais! 🏃Esse "povo da corrida" que me recebeu de braços abertos e que tem feito meus dias começarem com mais disposição e bom humor.

Direção de foto: Marina Guidon Riga 
Nasci numa família de gente que corre. E quanto mais conheço essa gente boa que corre, maior fica a minha família. 💚

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

(A)(manhã)(céu)



Faltava um pouco de tinta branca na oca

Faltava um pouco de azul no céu branco

Mas o dia amanheceu cheio de paz...

Ali, onde se misturavam o suor e o orvalho da manhã

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As cinco linguagens do amor numa corrida

                  Acordei com o gato mordendo meu tornozelo e caminhando pela cama, a ronronar perto de mim. A mordida doeu um pouco, mas acordar com o carinho dele era melhor que com o despertador.

Estava terminando de comer os ovos com queijo e recebi mensagem do meu primo, que ainda não havia ido correr e topou ir comigo. Combinamos de encontrar no portão 5 do parque Ibirapuera. Já fiquei mais animada porque teria companhia.

Cheguei na ruazinha onde quase sempre estacionamos, e a princípio não havia nenhuma vaga, mas lá estava o Seu Manoel que veio vindo ao meu encontro. Ele falou para eu parar o carro ali, pegou minha chave e disse que estacionaria melhor o dele, para conseguir espaço para o meu. O Seu Manoel sempre sorrindo, com aquela simpatia e prontidão naturais, já motivava a atividade da corrida que viria a seguir! Só fiquei chateada por ter esquecido de levar um amendoim e algum refresco pra ele.

Enfim cheguei ao portão 5 e lá estava meu primo: "Olha quem eu encontrei aqui e não deixei ir embora pra te ver?!" Era o pai dele - meu tio e padrinho - que àquelas horas já havia terminado sua corrida. Pude, finalmente, dar-lhe um abraço de aniversário, que estava guardado há quase um mês, - o parabéns tinha sido só pelo telefone. Mesmo que rapidinho, era bom matar saudade.

Então, eu e o Rafa começamos a correr. Os 7km que eu deveria fazer em ritmo leve viraram 8, pois eu nem me dei conta do passar do tempo e da distância percorrida. Era tão bom ter meu primo ali perto, depois de tanto tempo que eu estive longe de casa! Tão bom poder compartilhar ideias e uma mesma atividade! Fiquei muito grata por ele ter sido meu companheiro naquela corrida, abdicando de correr no seu ritmo, para correr ao meu lado.

Depois tivemos 4 tiros de 1km e nessa hora ficamos mais quietos, mas suas palavras encorajadoras me ajudaram a buscar a força que já existia em mim, para correr mais forte. O incentivo de fora, junto com nossa vontade, nos leva mais longe.

Contávamos com 12km e o Rafa precisou ir embora. Eu ainda tinha mais 2km, mas decidi que como já estava lá mesmo, faria mais 3, pra completar 15km. Liguei a música, que seria a minha próxima companheira, e fui correndo.

Chegando perto da Marquise, ouço: "Boa corrida, moça bonita!" Para minha surpresa, não era nenhuma pessoa conhecida, mas uma menina que pedalava sua bicicleta tão livremente e feliz, que deve ter decidido espalhar alegria, por meio de elogios e encorajamentos.

Ainda cruzei com um menininho que vinha com o skate em minha direção. Tanto eu como ele diminuímos a velocidade, e ele pediu: "Deculpa moça!" Foi tão educadinho que nem tinha como não sorrir e encarar a situação como uma delicadeza, apesar do quase atropelo.

Fui chegando ao final dos 15km, mas ainda não estava perto do portão. Por isso, resolvi colocar mais 1km na conta. Terminei feliz da vida e com sede.

Junto à grade, voltando pra pegar o carro, fui pedir um côco ao Seu Luís, mas ele disse que estava sem, e que se soubesse que eu queria, tinha mandado buscar pra mim, mais cedo! Ah, nem importava... Ele sempre oferecia, e só por sua atenção, me senti presenteada da mesma forma.

Fazia tempo que eu não corria 16km, mas a minha felicidade não era apenas por essa distância alcançada. A manhã inteira eu havia recebido amor, em suas cinco diferentes linguagens, conforme Gary Chapman. (Aliás, adorei o livro dele!) A mordida do gato e o abraço do meu tio eram toque físico. A ajuda do Seu Manoel para estacionar o carro, representava ato de serviço. A companhia do meu primo foi tempo de qualidade. O incentivo dele durante os tiros, o elogio espontâneo da menina e as desculpas sinceras do menino foram palavras de afirmação. O "potencial" côco  do Seu Luís seria presente. Eu só podia ser mesmo muito grata. 

E daí que, pensando em tudo isso, compreendi ainda melhor a minha ligação com a corrida. Desde pequena, a corrida representava um momento compartilhado com minha família. E deve ter sido assim que lhe associei com o valor de amor. Amor ao próximo e amor próprio! A corrida, pra mim, é uma atividade de amor.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Testei o Asics FuseX para a Sport Life Brasil

De volta a São Paulo, de volta ao parque Ibirapuera, retomando treinos, retomando o blog, repensando em objetivos de vida (e, como não poderia deixar de ser, da corrida!)

Segue mais um bom tênis lindo que testei para a revista Sport Life. Obrigada mais uma vez pela oportunidade de fazer o teste, Amanda Preto!


segunda-feira, 11 de julho de 2016

Minha maratona de Quèbec na O2!

Capa da O2 de junho de 2016
Em maio fui ao Brasil para o casamento da minha melhor amiga. Foi corrido demais, porque estive lá só por uma semana e mal pude avisar que estava indo, ou que estava lá. Mas eis que num dia vejo uma mensagem no facebook do blog: era a Camila, jornalista da O2, querendo me entrevistar sobre a maratona de Quèbec! Qual não foi a surpresa dela quando soube que eu estava lá... E sim, dei um jeitinho de encontrá-la para tomarmos um suco e conversamos sobre essa maratona, minha preparação para ela, e sobre o que havia para se visitar por lá!

Em junho chegou a revista da O2 com o artigo sobre a maratona! Ali consta Mari(a)na Figueiredo, mas eu juro que, à despeito do A a mais, sou eu MARINA!! ;)

Abaixo seguem as três páginas da revista referentes à entrevista! Vejam que amor!

terça-feira, 26 de abril de 2016

Teste do Fila Kenya Racer 3 para a Sport Life Brasil

Em janeiro fui ao Brasil e tive a oportunidade de conhecer pessoalmente a querida Amanda Preto, jornalista da Sport Life. Ela me levou o Fila Kenya Racer 3 para testar para a revista Sport Life Brasil. Seguem algumas fotos dele!
Amanda e eu em São Paulo



Segue o meu teste e testes de outros tênis feitos por outros corredores.
Tenho gostado muito de correr com o Fila Kenya Racer 3! E me surpreendi bastante com ele, já que nunca tinha tido um Fila. Conforme vocês podem ler no meu teste acima, adoro a leveza dele e sua respirabilidade e acho que ele tem um ótimo custo benefício!

domingo, 17 de abril de 2016

Por isso eu corro

Por que você corre?

Em frente à estátua do Calouste Gulbenkian
Muita gente que não corre faz essa pergunta a quem corre. E eu diria que ela tem tantas respostas que a minha pergunta de volta é: Por que eu não correria?

Posso ter ido quase todos os dias ao ginásio (academia), mas não tinha ido correr desde que me mudei de casa, e era como se estivesse faltando parte de mim. Vai entender... Hoje saí pra correr sem muitas pretensões, sem uma meta de ritmo, ou de quilometragem. Só queria correr ao redor e conhecer os lugares aonde posso ir. Hoje não havia necessidade de velocidade. Hoje eu queria apreciar a paisagem. E isso é algo que me faz bem enquanto eu corro.

A gente vai correndo e vendo como tudo fica mais perto. E isso é de algum modo meio mágico: a gente poder ir a qualquer parte com nossos próprios pés. Pode parecer besteira, mas já começa aí a sensação de gratidão.

Daí você avista outras pessoas correndo e pensa: não estou sozinha! E é quase como se em silêncio eu dissesse a cada um: "muito bem!" Como quando a gente dirige por uma estrada e vê alguém correndo e dá vontade de dar aquelas buzinadinhas de parabéns e de incentivo. Não sei se compreendem o que eu digo, mas se sim, #tamojunto!

Daí você vai correndo e passa por um lugar lindo que parece um castelinho, cheio de verde lá dentro. É a Fundação Gulbenkian. Você passa pela estátua do seu ídolo que fundou tudo aquilo: Calouste Gulbenkian. 

Você sobe escada. Você passa por uma ciclovia lá no alto e logo vê uma placa para um miradouro que você ainda não conhece. Resolve subir e logo avista um monte de verde, e um aqueduto, porque Lisboa é bonita demais.


E como você tinha subido, chega a hora de descer. Você tenta um caminho por outro lado e chega noutra praça verde - que como Lisboa também desce e sobe. Você passa por crianças jogando futebol com seus pais, por donos a passear seus cães, por velhinhos que saem à rua por essas bandas, e jogam xadrez. Você até pensa se a pessoa que criou aquele curta metragem antes do filme do Toy Story não passou por ali também! 

Do lado oposto, num banco da praça, um senhor tem um pedaço de pão que oferece às pombas - e uma grande quantidade delas o rodeiam. Alguma lembrança vaga me remeteu ao filme Esqueceram de mim. 

Você tá correndo e vai vendo cenas assim. Umas amigas deitadas no meio do mato aproveitam o sol que estava escondido há dias! Um casal de namorados aproveita pra passear depois de dias de correria. Os gajos jogam uma espécie de golfe. E a vida acontece, sem precisar de muitos recursos. Você continua e lá adiante há umas casinhas coloridas, emprestando mais cor ao dia azul. Mais logo encontra um jardim com auditório ao ar livre e ao seu redor há cavalos e cavaleiros de metal, numa arte que foge da mesmice. Depois você chega noutro jardim que é quase quintal da sua casa e a cena da "vida acontecendo com simplicidade" repete-se. 

E enquanto você via tudo isso, o suor saía pelos seus poros. Vida. E por isso eu corro. Não corro apenas por todos os benefícios (que já seriam suficientes) que a corrida traz, não corro apenas para testar meus limites e ir um pouco além, não corro apenas pela corrida ela mesma. Corro por tudo isso e mais um pouco do que envolve correr. Porque cada corrida é difernte e especial. Numa você tá do lado dos seus pais, noutra você vê um cachorro entrando no rio e ao sair, chacoalhando seus pêlos para se secar. E ainda tem aquela em que você ouve uma música gostosa e se pega dançando enquanto espera o farol abrir... 

Corro porque me sinto viva e vejo vida. Corro porque toda vez que eu corro, eu me lembro de porquê eu corro.

Vocês vêm também?!

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Um livro sobre correr, amar e viver



Há tempos não escrevo por aqui... Não parei de correr, tampouco parei de escrever. Só sentia que não havia nada de tão especial para compartilhar por aqui a respeito de corrida.

Acontece que hoje acabei de ler um livro... a respeito de corrida, de autoconhecimento, de força, de família, de carreira, de gratidão, de tantos tipos de amor... um livro a respeito de amor à vida.

Chama-se "Num piscar de olhos" da Debs Aquino.

Já queria ler esse livro desde antes do lançamento. Por meio das redes sociais, acompanhei e acompanho suas lutas, corridas, as transformações de sua vida. E, finalmente, na minha visita ao Brasil, pude comprar.

Ela não me conhece, mas já faz tão parte da minha vida (e me faz tão bem). Ela é minha grande ídola (e olhem que eu nunca fui de ter ídolos no mundo das celebridades).






Eu e minha mãe no evento Corra pela vida
Conheci a Debs Aquino (@debsaquino) num encontro de mulheres corredoras, organizado por ela, pelas outras duas mulheres incríveis Gabi Manssur (@justicadesaia) e Paula Narvz (@correpaula), cujo mote era: #corrapelavida.

A Debs é uma pessoa incrível, com uma energia contagiante, com um carisma nato e com muito a ensinar a todos que correm, a todos que passaram, passam, ou têm pessoas próximas passando pelo câncer. Mas não só. A Debs tem muito a dizer para qualquer pessoa que busque uma vida de saúde, amor e felicidade.

Amei o livro. Amo a Debs. Já era fã. Virei ainda mais. Leiam! E pra quem puder: baixe o snapchat e siga essa pessoa apaixonante, que me faz companhia enquanto eu cozinho, lavo a louça... rs

Além do livro, do instagram, e do snapchat, o blog da Debs é mara! http://blogdadebs.com.br

Por fim, se algum dia ela vier a ler esse post: Obrigada, Debs, por ser uma "guru para a vida"!