A corrida apareceu na família com meu tio
Paulo, que incentivou meu pai, que se casou com minha mãe.
Dessa história de amor, dois espermatozoides
fecundaram óvulos. O primeiro que ganhou aquela corrida deu origem a mim.
Dois anos e meio depois, o vencedor da corrida deu origem ao meu irmão. Desde
muito cedo, sabíamos que pra viver, era preciso correr!
Após o casamento, meu pai pôs minha mãe pra
correr (apenas literalmente, ainda bem!). Esse também seria o destino dos dois
filhos, tão logo suas articulações estivessem preparadas para a prática da
corrida. Antes de isso acontecer, no entanto, todo santo domingo, eu e o Lucas éramos
acordados para andar de bike, acompanhando meu pai e minha mãe em sua corrida.
(Nos domingos de manhã, muitos iam à missa. Nós íamos ao Ibirapuera, e essa
atividade também era sagrada).
Mas, nem sempre tudo foi flores... A preguiça
ainda fazia parte do meu dicionário e muitas vezes eu torcia para que eles
fossem correr e me deixassem dormindo. Depois de um tempo, a bike começou a
ficar em casa, e comecei a correr com meus pais. Por volta dos 10 anos de
idade, meu pai, já então diretor da CORPORE (associação de corredores que
organiza corridas de rua), me levava para corridas infantis. Muitas vezes,
porém, isso tudo ainda era algo parecido com uma obrigação. Como minha mãe
sempre dizia, corríamos por “livre e espontânea pressão”!
E depois de “aquecida” nessa panela de pressão,
comecei a pegar gosto pela coisa.
Lá por volta dos meus 15 anos, passei a correr
de verdade. Não que antes fosse de mentira, mas é que dali em diante, a corrida
passou a fazer parte da minha vida de um modo meu. A decisão de correr já não
era dos meus pais, mas minha. O incentivo continuaria sempre (e certa cobrança
também), mas eu já sabia da importância da atividade física...
Como toda menina, fiz balé. Depois tentei ginástica
olímpica, jazz, vôlei e tênis (esses dois últimos, ninguém jamais diria!)...
Fiquei um bom tempo na natação. Fiz dança contemporânea e karatê. Na faculdade,
experimentei até o judô. E durante todo esse tempo, a corrida sempre esteve
ali...
Como já faz 10 anos, e daquela época não temos
tantos registros, é difícil dizer quando fiz meus primeiros 6, 10, 15, ou 21km...
Sei que no final de 2006, corri uma São
Silvestre (15km), debaixo de muita chuva. Lembro-me de passar pela Sanfran e
dizer: “Mãe, olha a minha escolinha!”... Dois meses depois isso seria realidade.
E foi então que eu entrei para a Equipe Flecha, como fundista. Em 2007 e 2008,
eu não faltava por nada aos treinos de atletismo (no belo horário das 22h à meia noite). A
questão é que em 2009 decidi que esses treinos não correspondiam exatamente ao que eu mais gostava: correr longas distâncias. (As provas femininas de fundo
mais longas tinham 3km.)
Sei também que em abril de 2008 corri minha
primeira prova de meia maratona, pela CORPORE (agora todos vocês já sabem que
se a maratona tem 42km, a meia tem 21km).
Pois bem, esse era só o começo... Nem fácil,
nem tão difícil, mas certamente uma largada.
Má ficou muito legal esse segundo post, ainda mais por me enxergar um pouquinho nele também....
ResponderExcluirAh e comecei a seguir seu blog.
Sou seu primeiro seguidor, e sempre serei como você já sabe!
Lu, você é lindo!
ExcluirTenho muita sorte por ter o melhor irmão do mundo!
Obrigada!
Família mais linda!!
ResponderExcluirAmo muito!!!
Ah, Marthinha, linda é vc! E também te amamos muito!
ExcluirPrincipalmente agora que vc tbm virou uma atletinha!